domingo, 17 de janeiro de 2010

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

nova morada

Há uns dias que não te vejo descer a rua em frente à minha janela,
esperava-te hoje, como ontem, e antes, e antes de antes te esperar....
e tu não passas,
Que é de ti?
Ouvi dizer que te mudaste,
não de casa,
mas de morada,
Já não habitas a mesma rua da Esperança
que habitavas quando te conheci,
que é feito das tuas perpendiculares de sonhos?
Que é de ti? que não te vejo...
Que é de ti? que não te reconheço já...

Acho que vieste ver-me um outro dia,
contavas-me de ti,
sem eu saber que eras tu,
mas fazia sentido,
em ti, tudo fazia sentido,
Há todo o sentido em deixarmos de ser quem éramos.

Também me quero mudar,
rua da Viagem,
sabes onde fica?

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

18 Outonos.

Os teus pés são o dobro dos meus,
tal como as tuas mãos e os teus braços.
E tu, pedes-me que te proteja,
e eu,
mesmo sabendo que sou metade
do tamanho que és,
sei que sou grande ao ponto
de te ter no peito.
E nada mais te atinge
nada mais te toca,
eu sou a tua pele,
Dou festas no teu cabelo,
Beijo-te a testa,
ofereço-te o carinho que sou,
e tu gostas...
Mas não ficas,
e sei, que nunca vais ficar,
e eu continuo a beijar-te as mãos,
sempre e para sempre,
querido.